Continua o caos na saúde pública de Conceição de Macabu. População sofre com falta de médicos.

07/02/2014 14:47

Médico reclama das condições de trabalho. Enquanto isso, população sofre com a falta de profissionais no único hospital do município.

Por Ariane Penaforte / Foto: Divulgação / Editor: LS

O único hospital de Conceição de Macabu, Ana Moreira, está vivendo um caos ultimamente. A falta de profissionais na unidade está fazendo com que moradores voltem para casa sem receber atendimento.

O Portal Jornada está acompanhando o caso. Flagramos dias sem médicos. No último dia 24 não havia atendimento, pois o clínico geral faltou ao plantão. Já no último sábado (01) a situação era a mesma, outro clínico faltou e deixou o hospital sem nenhum médico pela manhã.  A situação só foi normalizada às 16 horas. No dia 04 uma vítima de acidente com um cavalo deu entrada na unidade, mas não tinha médico para atender. A própria família da vítima localizou um profissional, que atendeu e logo em seguida foi embora. Na manhã de quarta-feira (05) e desta sexta (07) também não havia atendimento.

Para os moradores, os médicos não estão se apresentando ao trabalho por conta da falta de pagamento. Por telefone conversamos com a secretária de saúde, Elisa Maria, que disse sobre o assunto. “Iremos efetuar o pagamento no quinto dia útil, no caso hoje ou amanhã (6 de Fevereiro)”. Também por telefone, conversamos com um médico que atende na unidade, e segundo ele é difícil trabalhar em um hospital que não tem recurso. “Estou sem receber o pagamento. Além de trabalharmos em um hospital que não tem obstetra, pediatra, não ter suporte para casos graves e às vezes falta até medicações e exames básicos. Sem contar em um salário muito abaixo que Macaé e Quissamã, que além de tudo tem mais suporte e mais médicos para integrar a equipe”, disse.

O clínico conta ainda que há muitos atendimentos para poucos profissionais. “Não aguento ser o único médico do hospital sem sequer ter outro médico para dividir o serviço. Além de trabalhar por 2, atender crianças e gestantes, o mínimo que é um salário justo, não temos. E conclui: “Que médicos de qualidade vão se expor a um local sem recursos?. Saúde não se faz com médicos mas sim com condições de trabalho, para que possam exercer dignamente seu trabalho. Assim como todos, espero que isso se resolva logo”.

Tentamos falar novamente com Elisa Maria, secretária de sáude, mas ela não atendeu a nossas ligações.