MPF denuncia três fazendeiros por trabalho escravo em Campos

29/11/2011 18:14

 

 

Por Luan Santos

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três fazendeiros por trabalho escravo em Campos.  Um dos denunciados, foi o proprietário da fazenda Lagoa Limpa e seus dois sócios por submeterem os empregados a condições análogas à de escravidão e omitir dados de suas carteiras de trabalho. Walter Lysandro Godoy (dono da fazenda), Paulo Sérgio Passos Queiroz e Jair Rodrigues dos Santos (sócios) podem pegar até 200 anos de prisão, caso forem condenados.

A denúncia, foi feita pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira e agentes públicos da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do estado do Rio de Janeiro que flagraram diversas irregularidades nas condições de trabalho dos empregados da Lagoa Limpa. 

Um dos problemas encontrados, duranta a fiscalização, foi que os empregadores não disponibilizavam água potável, equipamentos de proteção, como botas e luvas e instalações sanitárias. Além disso, alguns dados como a remuneração e a vigência do contrato foram omitidos das carteiras de trabalho dos empregados pelos fazendeiros.

"Já flagramos essa prática no corte da cana, em confecção de roupas e agora em plantio de grama. O poder público brasileiro tem que dar um basta ao trabalho escravo. O MPF continuará a investigar e a denunciar esta prática criminosa, lutando para que os responsáveis sejam punidos", disse o procurador.