Mulher que costurou genital é a mesma que se masturbou com imagem religiosa durante Marcha das Vadias

02/06/2014 15:20

 

Segundo denúncias, a festa contou com orgias, ritual e drogas. O caso é investigado pela Polícia Federal.

Por Ariane Penaforte com informações de Mídia Latina e G1 / Foto: Reprodução

Estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) denunciaram uma festa supostamente regada a drogas, nudez e rituais de satanismo no campus da Universidade, em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, na noite da última quarta-feira, 28. Estudantes da instituição também denunciam que uma participante costurou a vagina de outra no evento, chamado de “Xereca Satânik”. Imagens mostram a mulher rindo enquanto é supostamente submetida ao ritual de mutilação em cima de uma mesa. Outras fotos mostram o sangue escorrendo nas pernas da jovem após o procedimento e outra participante sendo cortada com estilete.

O evento foi realizado por alunos do curso de Produção Cultural. O convite para o evento foi publicado em uma rede social com o tema "Xereca Satânik - A Festa". Na sexta-feira, imagens foram divulgadas na internet, chocando e criando uma grande polêmica. As imagens mostram mulheres mascaradas e nuas, em outras fotos pessoas aparecem num suposto ritual de magia negra, inclusive, com uso de um crânio humano. Um estudante da instituição, que pediu para não ser identificado, contou que as bebidas alcoólicas usadas na festa ficaram armazenadas dentro do novo anexo da UFF.

O que chama a atenção é que a mulher é supostamente a mesma que se masturbou com uma imagem santa durante uma das Marchas das Vadias, Raíssa Vitral. Em seu perfil na rede social ela diz fazer performances. Durante esta apresentação ela enfiou um crucifixo no ânus de seu parceiro. É possível identifica-la pela tatuagem na perna.

A Marcha das Vadias aconteceu em Copacabana, em meio a Jornada Mundial da Juventude, no ano passado. Na ocasião, um pequeno grupo de manifestantes realizou um protesto contra o evento católico. Algumas das participantes chegou a introduzir um crucifixo na genitália, além de quebrar imagens de N. Sra entre outros santos católicos. O ato foi realizado quando milhares de fiéis ocupavam a praia para esperar a passagem do Papa Francisco. O protesto provocou enorme revolta na sociedade em geral.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar uso de droga, álcool, orgia e ritual satânico na Universidade Federal Fluminense (UFF) de Rio das Ostras. Reitoria também abriu sindicância no pólo de Rio das Ostras. A Polícia Federal ressaltou que eventos dessa natureza não podem ser realizados em um espaço público, sendo, portanto, necessária uma apuração detalhada para levantar o que aconteceu e identificar os organizadores do evento.

O delegado da Polícia Federal em Macaé, Júlio César Ribeiro, vai nesta segunda-feira (2) até o campus da UFF em Rio das Ostras. O objeitvo é levar peritos da Polícia Civil para realizarem os trabalhos de investigação sobre uma festa polêmica ocorrida no local. O delegado informou ainda que vai intimar todos os envolvidos na divulgação da festa, além do reitor e de funcionários da universidade. "É inadmissível que um espaço federal seja utilizado para a prática de crimes. Os responsáveis serão punidos", garantiu o delegado.