Funcionários da Infraero zelam pela segurança no aeroporto de Macaé

18/06/2013 14:28

Reportagem: Luan Santos

O aeroporto de Macaé, inaugurado em 1980, é o principal da região para o movimento offshore. 97% dos vôos realizados no local são para plataformas da bacia de Campos.  Hoje a base conta com 82 aeronaves de asas rotativas (Helicópteros) além de aviões do modelo ATR 42. São oito empresas de táxi aéreo e uma empresa para voo de avião, além de fretamentos.

No ano passado, a unidade recebeu um total de 431.924 passageiros e 68. 239 pousos e decolagens.  De janeiro deste ano até hoje, foram contabilizados 68.239 passageiros que passaram pelo local e 27.436 pousos e decolagens.

O encarregado de segurança aeroportuária, Wilson Teixeira, disse ao Portal Jornada que a população tem contribuído para a segurança em torno do aeroporto. Wilson disse ainda, que todas as quartas é feita o momento F.O, que é uma varredura na pista, onde geralmente é encontrado parafusos e outros objetos que provocam um acidente.

De acordo com Kelly Marques, encarregada de SGSO (Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional) há 3 anos, o gerenciamento dos riscos é feito através de vistorias, relatórios e reuniões de gestores da Infraero. Os riscos podem ser identificados também através do RELPREV, uma ficha que fica em todos os aeroportos e que pode ser preenchida por qualquer pessoa.

No período de férias, a Infraero recolhe aproximadamente 25 pipas por dia. Em 2011 uma linha de pipa chilena cortou a asa de uma aeronave. Os seguranças do pátio participam de uma palestra a cada dois anos sobre acidentes e prevenções.

Kelly diz ainda que geralmente são encontrados animais mortos e restos de comida em torno do aeroporto, o que pode atrair urubus e ocasionar um acidente. Neste ano, uma caçamba da Infraero, retirou ossada de aproximadamente três bois. Uma placa foi colocada pedindo para que não joguem lixos no local, mas foi pichada.

A demanda de voos é grande por conta do mercado offshore, que sempre está em alta. Mesmo assim, o aeroporto não suporta a grande demanda. Quanto às reformas, Kelly diz que está prevista e o aeroporto terá algumas mudanças, tais como uma nova pista, ampliação do pátio, já que o atual não suporta tantas aeronaves e um terminal de passageiros (TPS) em torno de 11.400 m², 10 vezes maior que o atual. Além disso, uma nova torre de controle já está sendo construída.

Além das ampliações, a base vai oferecer um Mix Comercial, que contará também com uma agência dos correios, um melhor estacionamento e um novo prédio para os setores da Infraero.

Uma reforma estava acontecendo, mas a empresa responsável pelas obras recebeu rescisão e uma nova licitação deverá ser aberta para que as reformas continuem. 

Aldeir Cabreira, Profissional de Serviço Aeroportuário (PSA), disse que o pátio aumentou, mas o petróleo correu mais rápido. Cabreira e Marcelo Bazílio, encarregado de atividade de segurança, afirmam que hoje o aeroporto já não comporta as aeronaves.

Para que acidentes não aconteçam, também é necessária a ajuda da população, para que não poluam em torno do aeroporto e que não soltem pipas no local.