Água da Serra de Macaé será monitorada por laboratório da Esane

O monitoramento acontece diariamente na região serrana. O laboratório funciona no Novo Horizonte.

Por Secom / Foto: Ana Chaffin

A Prefeitura de Macaé, através da Empresa Pública Municipal de Saneamento (Esane), realizou um sonho dos biólogos e técnicos que monitoram a água que chega às casas e pontos comerciais na serra macaense, montando um laboratório para esse importante serviço, que beneficia quem reside ou visita os distritos serranos. O laboratório já funciona na base da Esane, próxima à Estrada E-9, no Novo Horizonte. Para transformar esse sonho em realidade, várias etapas foram seguidas, da limpeza à montagem do espaço.

A importância da abertura do laboratório está no trabalho da Esane no saneamento básico na serra, destacando a captação e o tratamento de água. A Empresa opera 12 sistemas de abastecimento de água na região. Dentre eles, duas são estações completas de tratamento, a ETA de Córrego do Ouro e a ETA de Trapiche, servindo cerca de dez mil pessoas.

Segundo a Esane, o monitoramento da água, além de levar conforto à população, é uma ação de saúde pública, já que a água tratada diminui risco de doença de veiculação hídrica, mas não basta tratar, é preciso acompanhar os padrões de potabilidade e se está de acordo com os padrões de qualidade que atendam à Portaria do Ministério da Saúde 2914/214, que preconiza que toda água destinada a consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade. Essa portaria foi a meta seguida pela Esane para montar o laboratório, monitorar e através das análises, orientar a operação e mitigar os riscos à saúde.

Sobre esse assunto, o presidente da Esane, Marcos Muffareg, diz que ao longo da existência, a empresa passou por vários laboratórios para monitorar a qualidade da água da serra. “A Cedae, o IMMT e o laboratório da Estácio de Sá foram parceiros, mas a necessidade de um laboratório próprio norteou as ações. Daí, passou para a montagem do seu próprio espaço, a partir de setembro de 2013, realizando as obras pendentes na base da empresa, no Novo Horizonte, e solicitou a compra dos equipamentos e material necessário, através de pregões.

O monitoramento acontece diariamente na região serrana, dividido em cinco etapas: coleta de água nas saídas dos sistemas e nas redes de distribuição; processamento das amostras; leitura dos resultados; análise dos resultados e orientações pertinentes à operação, se necessário. Os parâmetros realizados são físico-químico (cor, turbidez, pH e cloro); bacteriológicos (Colimetria e bactérias heterotróficas) e será iniciado, através de novo equipamento já adquirido, o espectrofotômetro DR 900, análises também do alumínio, dureza, coreto e alcalinidade.

A equipe da Esane comemora a montagem do laboratório. Segundo a bióloga Patrícia Toleto, posteriormente às análises, os dados são compilados, originando os relatórios mensais de cada localidade, enviados aos órgãos de Vigilância e Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Vigiágua), Secretaria de Saúde de Macaé e para os mecanismos de controle social, como a Sanapa e o Commads.

São coletadas e processadas por volta de 220 amostras/mês os sistemas de abastecimento de água da serra, mas se qualquer ponto da rede de distribuição apresentar presença de bactérias do grupo Coliformes Totais é feita a recoleta no ponto problemático, sendo um ponto à montante e outro à jusante, para que a causa seja investigada e o problema solucionado.

Em relação à importância do Laboratório da Esane, Marcos Muffareg faz uma colocação: “O laboratório é mais um passo que o município dá para trazer à população melhoria no saneamento básico, que não significa só o tratamento do esgoto, mas também a vigilância e o tratamento da água. É preferível não dar água do que oferecer à população água sem monitora a qualidade. É isso que buscamos fazer diariamente na serra, seguindo orientações das normas técnicas e o que deseja o prefeito Dr. Aluízio, que vê essa questão com o viés da saúde pública”.