Rio: Garis continuam em greve

02/03/2014 09:42

Garis reivindicam melhores condições de trabalho. Lixo já é visível em alguns pontos da cidade.

Por Redação e O Globo / Foto: Cazu Barroz (Arquivo Pessoal)

Funcionários da Companhia Municipa de Limpeza Urbana realizaram uma manifestação que afetou o trânsito da Avenida Presidente Vargas por aproximadamente quatro horas neste sábado de carnaval. Durante o protesto, o grupo, que inicialmente era de 800 manifestantes, cruzou a via promotendo uma paralisação de 24 horas na limpeza urbana caso a prefeitura ou o sindicato não iniciem um diálogo para negociação de melhores salários e condições de trabalho.

Alguns moradores e turistas ficaram revoltados com a situação que se encontrava nas ruas do Rio. Lixos espalhados pelos locais, um exemplo disso, é o Teatro Municipal. (confira a foto ao lado).

A manifestação começou por volta das 13h30 e se dispersou por volta das 17h30m na altura da Av. Passos. Os garis do protesto afirmam que o sindicato mudou de lado nas negociações. Segundo um documento apresentado por um dos trabalhadores, que identificou-se apenas como Ivair, afirmava que o sindicato propôs uma paralisação de 24 horas no trabalho que começaria à meia-noite do 1º. Ainda segundo o texto, seria realizada uma nova assembléia ao meio-dia de hoje para avaliar uma contraproposta da Companhia.

- Centenas de garis esperaram na porta do sindicato por mais de uma hora, e nenhum representante apareceu. Então decidimos manter a paralisação e só voltaremos a trabalhar quando alguém do sindicato ou da prefeitura conversar conosco. Este que era para ser o carnaval do luxo poderá ser o carnaval do lixo - afirmou Ivair.

Em resposta, a Comlurb afirma que o grupo dissidente é de aproximadamente 300 pessoas e não interfere no trabalho de limpeza urbana, 

que trabalha com 15 mil garis. Ainda segundo a Companhia, não há impasse nas negociações ou greve, e recebeu um documento do Tribunal Regional do trabalho atestando a ilegalidade de qualquer tentativa de greve. Por nota, o sindicato afirma que 'os rumores de uma ameaça de paralisação vêm sendo alardeados por grupo sem representatividade junto à categoria'.